Léo Kret duvida que sargento Isidório virou macho

20-05-2011 07:53

A vereadora Léo Kret mostrou-se descrente quanto ao fato de o deputado Sargento Isidório (PSB), que confessou nesta quarta-feira ao apresentador Zé Eduardo, do Se Liga Bocão, ter sido homossexual há 18 anos, ter mudado de opção sexual. “Nunca vi um ex-gay”, declarou Léo Kret não acreditando que ele tenha virado macho depois de ter experimentado o outro lado.  

Ela se gabou de não ter rabo preso, por isso “abre tudo com todo mundo”, conforme revelou. A vereadora não gostou de ser tratada como homem por um ouvinte e terminou entrando num bate-boca com ele que insistia em dizer que, apesar de ela ser uma transexual, na sua essência, sua identidade, Léo Kret não deixava de ser ele.

Para não criar uma polêmica, a vereadora optou por mudar o rumo da conversa afirmando preferir falar de seu trabalho do que da sua condição sexual, sendo rebatida pelo ouvinte que disse não conhecer outro projeto da sua autoria que não o que trata regulamenta a atividade dos mototaxistas.  “A senhora não me representa. Não votei na senhora. Não acredito nos vereadores. Político para mim é tudo bandido, só muda o rótulo e a marca. Não voto em nenhum de vocês porque não acredito em político”, disse em tom de revolta o ouvinte.

Ele generalizou e criticou todos os políticos dizendo considerá-los “hipócritas”, em referência ao fato de o deputado Rosenberg Pinto (PT) ter pedido a punição de uma servidora da Assembleia Legislativa que vendia bilhete de rifa na Casa tendo como prêmio 4 horas em um motel para ajudar uma amiga em dificuldades financeiras, mas de ter se calado diante da denúncia de ligação do deputado Geraldo
Damasceno (PSL) com a traficante Nem Gorda, presa esta semana e que teria trabalhando na campanha eleitoral do deputado, ex-titular da 5ª Delegacia de Polícia, em Periperi, subúrbio ferroviário, área de atuação da traficante.

Em sua defesa, Léo Kret disse que ao vereador não é dado o direito de apresentar propostas que criem despesas para o Executivo, por isso o vereador tem que limitar sua atuação em projetos que beneficiem a sociedade. A regulamentação da atividade do mototaxista foi citada como um dos seus principais projetos.

Mas a vereadora falou da proposta que obriga o Executivo a detalhar as suas despesas com ações que buscam atender crianças e adolescentes, o Orçamento Criança Adolescente (Orca), que pode dar grande visibilidade à administração municipal e à Câmara de Salvador. Léo Kret enumerou ainda a indicação para o prefeito regulamentar a atividade de salvas-vidas, aprovada pela Câmara de Vereadores em sessão da última quarta-feira (18).

Também a criação de um novo circuito oficial do carnaval – o Mãe Hilda – na Liberdade foi destacado pela vereadora, que falou ainda das suas propostas sociais, como o Nosso bairro feliz, Mais saúde nas comunidades, o Léo Creche, que busca ajudar creches carentes da cidade.

A vereadora quase que se desculpou por não poder “tomar conta de toda a cidade”, já que não é prefeita, mas disse oferecer seus projetos sociais. Também explicou porque está em inaugurações ao lado do prefeito. “Não porque quero aparecer, mas quando são resultado da minha intervenção, claro que eu tenho que esá lá, participar. Nós não podemos fazer obras, mas intermediamos co melhorias para as comunidades”, disse Léo Kret.

Provocada pelo apresentado Zé Eduardo, do Se Liga Bocão da rádio Itapoan FM, Léo Kret desconversou sobre dois assuntos: o “namorado” Ricardo, com quem estaria casada, limitando-se a informar que ele é auxiliar administrativo e que está muito feliz ao seu lado, e sobre a denúncia que teria triplicado sseu patrimônio desde que assumiu o mandato na Câmara Municipal.

O questionamento ficou sem resposta atropelado pela informação que seus assessores são “amigos que ralaram”, na sua campanha, mas quem nem por isso são pessoas sem competência. “Meus assessores são competentes e ralaram comigo na campanha, então eles têm que estar ao meu lado”, resumiu Léo Kret.