Nova paralisação de ônibus em Salvador

13-05-2011 09:20

 

População soteropolitana amanhece mais uma vez sem ônibus. Os rodoviários resolveram paralisar a saída dos ônibus na madrugada (4h) desta sexta-feira (13), até às 7h da manhã, para fazer assembléia com os motoristas e cobradores. Segundo Hélio Ferreira, tesoureiro do Sindicato dos Rodoviários, não há previsão de quanto tempo deve durar a assembleia. A ação também é uma resposta ao não fechamento do acordo, ontem, após a 8ª rodada de negociações com o patronado. De acordo com a Transalvador, os coletivos devem começar a circular depois do horário anunciado.

Na reunião desta quinta-feira (12) com empresários do setor, os rodoviários receberam a proposta de aumento de 4,2% para os trabalhadores do ônibus intermunicipais e 3,75% para os de ônibus urbanos, valores considerado por Ferreira como "muito longe da realidade". "Nós queremos o ganho real e a inflação, mas eles não estão chegando nem na inflação", diz Ferreira.

O diretor de relações sindicais do Setps (Sindicato das Empresas de Transporte de Salvador), Jorge Castro, declarou que a notícia é uma surpresa, uma vez que o Setps não foi avisado da paralisação. " Isso é uma barbaridade. É a greve é um direito constitucional dos trabalhadores, mas deve ser feita de acordo com a lei, o que não está acontecendo", fala.

Desde início de março, o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rovodiários de Salvador (Sindirod) está em negociação com o Setps. Entre os pontos reivindicados estão o reajuste salarial de 18%, a diminuição da carga horária de 7 para 6 horas, e o recebimento do ticket refeição durante período de férias.

Segundo Jorge Castro, o Setps ofereceu um reajuste de 3.72% e quer manter a carga horária de 7 horas. A redação não conseguiu entrar em contato com o Sindirod.

A situação prevê a possibilidade de longos engarrafamentos quando os ônibus voltarem a circular. Para disciplinar o tráfego , a Transalvador informou que vai reforçar sua equipe, disponibilizando um número maior de agentes e viaturas nas principais ruas e avenidas da cidade, inclusive na porta das garagens das empresas de ônibus para controlar a saída dos veículos.